A Oficina de Formação Política está pronta!
E os temas serão muitos.
Alguns esclarecimentos se fazem necessários:
- Não é um curso de Ciência Política, mas sim de formação política com forte ênfase em estratégia, filosofia e história;
- O curso é primariamente devotado aos profissionais da área da saúde, mas pode ser aproveitado por qualquer um que esteja interessado no tema;
- Uma das finalidades é criar um grupo de pessoas honestas e dedicadas ao estudo sério e à pesquisa do tema.
Inscrições na Primeira Oficina podem ser feitas conforme orientação abaixo:
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
Depoimento: Pâmela Nascimento Simoa da Silva
Depoimento - Primeira Turma do SEFAM (2012-2013)
Digo sem dúvidas que divido os meus conhecimentos em antes e depois do SEFAM. Aprendi com o professor Hélio Angotti Neto a pensar criticamente e a "sair da caverna" à procura da Verdade. Alta cultura, filosofia, discussão de artigos científicos, medicina baseada em evidências, história (a que não é contada pelos livros do MEC), literatura, humanidades médicas e atualidades. Uma mistura de tudo isso e muito mais levaram a mim e a meus amigos que também participaram a pensarmos grande.
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
Prof. Ms. Helvécio de Jesus Júnior: palestrante do Seminário de Humanidades Médicas
Relações Internacionais e Dignidade Humana
Graduado em Relações Internacionais pela Universidade
Vila Velha (2005), Mestre em Relações Internacionais - Instituto de Relações
Internacionais - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2006).
Doutorando em História pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
Atua
na área de Relações Internacionais, principalmente nos seguintes temas:
Segurança Internacional, Geopolítica, Teorias de Guerra e Paz e Teoria das
Relações Internacionais.
Atualmente é professor dos cursos de Relações
Internacionais e Economia na Universidade Vila Velha, ES (UVV).
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
Sugestão de Leitura: Células-Tronco, Promessas e Realidades
Células-Tronco, Promessas e Realidades
Quando o assunto é Células-Tronco (CT), e ainda por cima quando se fala do tipo embrionário, a polêmica sobre a dignidade da vida humana se acende. E junto com a polêmica, também se acendem fortes esperanças de cura, regeneração ou até mesmo de imortalidade, numa estranha mistura entre escatologia religiosa, materialismo e progressismo científico (confira uma breve palestra sobre as expectativas quase religiosas de certos ramos da bioética em: https://www.youtube.com/watch?v=T6h1jyqdaZI ).
Até mesmo as graves suspeitas ou falhas da conduta ética em pesquisa, como aquelas evidenciadas pelas gravações com funcionários da Planned Parenthood, podem ser menosprezadas quando o que está em questão é a esperança quase escatológica em um hipotético sucesso das pesquisas com CT (http://www.medicinaefilosofia.blogspot.com.br/2015/09/espantalhos-nazistas-e-coerenciaetica.html).
Recentemente li uma entrevista muito realista, sem ser pessimista, acerca das reais expectativas e conquistas do uso de CT adultas e embrionárias na revista Ser Médico, do CREMESP, cedida pela Professora Lygia da Veiga Pereira, chefe do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias do Instituto de Biociências da USP.
Da entrevista fui ao livro.
O livro, numa linguagem muito acessível ao leigo e ao médico ou pesquisador não especialista, trata das origens e modalidades da pesquisa com células-tronco. Também trata das (grandes) expectativas e dos (poucos) resultados concretos alcançados quando se fala de aplicabilidade à clínica.
No fim do livro, a autora toca num perturbador tema da atualidade: o comércio inadequado e cientificamente reprovável de terapias milagrosas com CT em clínicas suspeitas e os graves danos já causados a algumas pessoas vítimas de terapeutas inescrupulosos que se aproveitaram da imensa expectativa depositada nos ombros de cientistas e médicos (como descreve o artigo "Donor-Derived Brain Tumor Following Neural Stem Cell Transplantations in an Ataxia Telangiectasia Patient", disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2642879/ ).
Dra. Lygia não deixa de demonstrar sua empolgação em trabalhar na vanguarda da pesquisa médica, mas também consegue de forma muito sóbria demonstrar que o trabalho a ser feito ainda é grande, e que a velocidade das descobertas utilizáveis diretamente na terapia com seres humanos pode não corresponder às expectativas.
Lembra que:
"Apesar da urgência dos pacientes para que as terapias com Células-Troncos comecem logo a ser oferecidas, o desenvolvimento científico sério deve ser feito de forma absolutamente responsável, para não submetermos essas pessoas a riscos desnecessários."
É fato que a pesquisa séria é lenta, e que os seres humanos diferem muito entre si, sendo extremamente complexos e respondendo de formas muito particulares a determinados estados de saúde ou terapias.
É fato também que mesmo com a aprovação do uso de CT Embrionárias em pesquisas, ainda há polêmica entre diferentes setores da sociedade, como a própria autora lembra em seu livro. A autora repete a pergunta que muitos se fazem quando pesquisas são feitas com embriões: "Que formas de vida humana nós permitiremos violar?"
Explica que a vida já pode ser violada em algumas situações, porém comete uma imprecisão ao dizer que "nesses casos (feto resultado de estupro ou feto que representa risco à gestante) o aborto é legal". Na verdade o aborto não pode ser denominado "legal" em nenhum caso; o que há é a não punição dos abortos realizados em tais situações de grande sofrimento.
No geral, é um bom livro para aqueles interessados em conhecer um pouco mais acerca da pesquisa médica e das expectativas da emergente Terapia Celular.
Hélio Angotti Neto
Coordenador do SEFAM
www.medicinaefilosofia.blogspot.com.br
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