terça-feira, 28 de agosto de 2018

Dysbioethics Volume III

Volume III of Dysbioethics deals with a current theme in Brazil: before being brought to light, what is the being found in the womb of a woman? A human being or not? Is it right to abort him?

For many people, influenced by the ideals of the left, the response begins with "a heap of cells," then passes to "is not a human being" and ends with a loud and resounding "yes." For another part of the population, however, the answer is "I do not care". And for the majority of the population, still under the Christian culture, or adept of its main branches, the answer will always be "a human being; from conception to birth; it's wrong to murder him deliberately. "

Dr. Hélio Angotti Neto deals with all these issues and competently clarifies the situation from a medical point of view. He also deals with these important issues: Why is the issue important considering public policy? Is not this, after all, an intimate topic?; How one can deal with abortion advocates? What are the arguments of these people? Their goals really consist of what?

In addition, dr. Helio also gives us some very important rules for the public debate on this and any other issue of "polemical" character and makes us reflect on how we can dialogue with even those who wish evil for us.

The book also contains a very special appendix that deals with the decision of the Federal Supreme Court of Brazil on abortion, written by Eduardo Luiz Santos Cabette.

This subject is literally a case of life and death!

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

DISBIOÉTICA VOLUME III - O EXTERMÍNIO DO AMANHÃ


DISBIOÉTICA VOLUME III


O volume III de Disbioética trata de um tema muito mais que atual no Brasil: antes de ser trazido à luz, o que é o ser que se encontra no ventre de uma mulher? Um ser humano ou não? É correto abortá-lo?
Para muitas pessoas, influenciadas pelos ideais da esquerda, a resposta começa com “um amontoado de células”, passa para “não é um ser humano” e termina com um prepotente e retumbante “sim”. Para outra parte da população, entretanto, a resposta não passa de “não me importa”. E para a maioria da população, de cultura influenciada pelo cristianismo, ou adepta de seus principais ramos, a resposta sempre será “um ser humano, da concepção ao nascimento; é errado assassiná-lo de forma deliberada”.
Dr. Hélio Angotti Neto lida com todos esses temas e esclarece com competência a situação do ponto de vista médico. Ele também lida com estas questões importantes: “Por que a questão é tão importante como política pública? Não se trata, afinal, de um tema de foro íntimo?”; “Como lidar com quem defende o aborto? Quais são os argumentos dessas pessoas? Seus objetivos consistem de fato em quê?”
Além disso, dr. Hélio também nos repassa algumas regras importantíssimas para o debate público sobre esse e qualquer outro tema de caráter mais “polêmico”, e nos faz refletir sobre como dialogar até mesmo com quem deseja o mal para nós.
O livro contém ainda um apêndice muito especial que trata da decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil sobre o aborto, escrito por Eduardo Luiz Santos Cabette.
Este assunto é literalmente um caso de vida ou morte!
Adquira o livro em: https://editoramonergismo.com.br/products/disbioetica-volume-iii 
ISBN: 978-85-69980-78-0
Editora: Editora Monergismo
Data de Publicação: 2018
Número de Páginas: 210
Dimensões: 14 x 21 cm

Hélio Angotti Neto é Presbítero da 3ª Igreja Presbiteriana de Colatina, médico pela Universidade Federal do Espírito Santo, especialista em Oftalmologia pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e Doutor em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina da USP.
Atualmente é professor e coordenador do Curso de Medicina do Centro Universitário do Espírito Santo, Diretor Editorial da Mirabilia Medicinæ (publicação especializada em Humanidades Médicas), coordenador do Seminário de Filosofia Aplicada à Medicina e Presidente do Capítulo de História da Medicina da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (Triênio 2017-2020). É membro do Center for Bioethics and Human Dignity (Global Scholar do CBHD em 2016), do Comitê de Ética em Pesquisa da UNESC e do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Marido de Joana Gonçalves Soares Angotti e pai do Arthur e do Heitor, mora em Colatina, interior do Espírito Santo.

RUMOS DA ÉTICA MÉDICA

RUMOS DA ÉTICA MÉDICA BRASILEIRA

Tive a oportunidade de falar um pouco sobre o Juramento de Hipócrates, a Ética Médica, a Bioética e a identidade de um bom médico no Congresso Brasileiro de Clínica Médica em Belo Horizonte, no dia 06 de outubro de 2017.
A plateia presenta continha aproximadamente oitenta estudantes de medicina de diversas instituições[1]e médicos de diversos lugares do Brasil. 
Foi muito bom rever também alguns que foram alunos e hoje são colegas formados, como o Jackson, que participou do primeiro ciclo do SEFAM em 2012, e alunos que mudaram para outras instituições de ensino no decorrer da carreira acadêmica. Belo Horizonte ficou com a cara de Colatina ao ver também tantos alunos do UNESC participando do evento, interagindo nas palestras e exibindo trabalhos.
As perguntas durante a palestra foram bem instigantes, e poderiam render diversas outras apresentações. Além das curiosidades típicas do Juramento de Hipócrates e de seu contexto antigo e contemporâneo, colegas e alunos perguntaram a respeito do papel da Bioética na identidade atual do médico e a respeito dos atuais desvios éticos na medicina; perguntaram sobre Van Potter e o surgimento da Bioética e sobre como humanizar a medicina. 
Foram lembradas as situações humilhantes e desnecessárias que tantas vezes ocorrem na medicina ao invés do elo de respeito e profunda amizade entre mestres e aprendizes que se observa na ética tradicional e discutimos o que é ser corporativista e elitista no bom sentido.
Falamos sobre a preocupante experiência com a eutanásia, o aborto e o suicídio assistido nos países baixos, e como o Conselho Federal de Medicina já tentou aprovar certas medidas ligadas à Cultura da Morte nada populares anteriormente.
Os aspectos mais básicos da ética hipocrática foram ressaltados, e alguns espantalhos, como o paternalismo hipocrático, foram discutidos e contextualizados.
O ponto em que todos concordaram, provavelmente, foi o da percepção que dias difíceis chegaram para a medicina de qualidade no Brasil. Dias de submissão profissional a planos políticos e dias de massificação e perigosa mediocrização da profissão.
O tempo à frente não é fácil, vivemos os piores dos dias, e vivemos os melhores dos dias, em diferentes perspectivas. Há uma crise instalada e outra a caminho, que poderá mudar irremediavelmente a identidade do médico brasileiro e remexer a nossa qualidade profissional. 
Nesse cenário desafiador, antigos lembretes devem ser resgatados. Martin Luther King Jr. disse com muita propriedade que o problema não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons. Também disse que no final, não nos lembraremos das palavras de nossos inimigos, mas do silêncio de nossos amigos. Somos chamados à coragem justamente nesses tempos de grande crise, e somos desafiados a resgatar o que há de melhor na identidade da nobre profissão médica.
Que os médicos ousem dedicar-se a manter acesa a chama da profissão médica e a transmitir aos mais novos o que de melhor recebemos de nossos predecessores. Que médicos exemplares dividam sua prática não somente com os pacientes, mas com a nova geração que precisa de bons exemplos. Negligenciar essa necessidade é trair os altos ideais profissionais que, por milênios, fizeram a medicina ser uma amada e respeitada profissão.
Que nós não possamos ser exemplos do conhecido poema de William Butler Yeats: “The best lack all conviction, while the worst are full of passionate intensity”. Sejamos os melhores, e sejamos intensos em nossa busca pela excelência e pelo bem do próximo.
Hélio Angotti Neto.
07 de outubro de 2017, Colatina – ES.


[1]Havia alunos da UVV, UNIFESO, Multivix, UNICSAL, UFAL, UEL, UFOB, FASA, UEPA, UNIPAM, UNOESTE, UFJF-GV, UFJVM e do UNESC.

sábado, 4 de agosto de 2018

ASCENSÃO E QUEDA DA ESQUERDA BRASILEIRA

DIALÉTICA, CONTRADIÇÃO E BURRICE - ASCENSÃO E QUEDA DA ESQUERDA BRASILEIRA

Uma análise relativamente rápida nos mostra um cenário em rápida evolução cultural.

No passado, a esquerda entrou nas cátedras universitárias e nas demais posições de influência na sociedade. Executaram com primor a marcha Gramsciana para dentro das instituições. Intelectuais orgânicos dedicaram suas vidas ao estudo e à estratégia. Foram muito bem sucedidos e suas táticas mostraram-se muito bem sucedidas.

Porém, havia um elemento contraditório que, inevitavelmente se mostraria problemático. Como Olavo de Carvalho aponta de forma magistral, nossa esquerda subia amparada intelectualmente por dois grandes nomes: Gramsci e Raimundo Faoro. Marcharam para dentro das instituições para controlá-las com o discurso e a justificativa de quebrar o velho e tosco patrimonialismo.

Só que eles se transformaram justamente na epítome patrimonialista, fisiológica, autoritária e burra de nossos tempos! Do casulo não saiu a borboleta, saiu uma larva ainda mais asquerosa e pegajosa. Ao entrar nas instituições, eles se transformaram no estamento superior de nossa sociedade. Eles eram os atores descritos por Faoro!

Acostumados ao poder, tornaram-se lenientes. Inseridos nos cargos administrativos e de chefia, utilizaram a força e a burocracia para promoverem sua agenda ideológica, e deixaram os cérebros para trás. A queda da inteligência, tão inevitável quanto a transformação em nova elite, começara. O livro O Imbecil Coletivo, do grande diagnosticador e filósofo brasileiro, gritou a plenos pulmões o ridículo da nova esquerda tupiniquim. 

Agora, observo a esquerda cair de podre. Inseridos no poder, não restou inteligência, tampouco o verniz de civilidade, somente os trejeitos da malandragem cômica da brasilidade marota. Mesmo ocupando os postos culturais e a mídia de massa, sua feiura moral e mental se revela a quem quer que abra os olhos. 

Destituídos dos meios estratégicos e intelectuais que efetivamente os levaram ao poder, apelam para os fraquíssimos chavões e vulgaridades que abundam nos canais de televisão e jornalecos que serviriam melhor para embrulhar fezes caninas largadas nas ruas. 

O gás intelectual da esquerda acabou. A maioria da população assiste constrangida ao show de horrores de uma cultura demolida, de uma inteligência decaída. As causas tornam-se cada vez mais excêntricas, cada vez mais apelativas e chocantes: abortismo, pedofilia, bandidolatria etc. Talvez seja um último esperneio tentando maquiar o profundo ridículo no qual se encontram, um truco final apostando na burrice universal, na cegueira absoluta daqueles que desejam manipular. Como a serpente (ou galinha) que perde a cabeça, seu corpo ainda se contorce, e ainda controlam os meios, mesmo que seus propósitos sejam absurdos e a inteligência que os levou até lá esteja morta.

Tolos mesmerizados repetem figuras de linguagem relativistas desacreditadas desde os tempos gregos antes do Cristo como se fossem elegantes formulações da alta filosofia. Cegos guiados por cegos. 

A maioria da população hoje é conservadora em costumes e relativamente liberal em termos econômicos. A juventude, todavia, em boa parte envenenada pelo discurso odiento da esquerda, destilado nos cursos de humanas, pode ser tentada a seguir o caminho mais fácil, o caminho da arbitrariedade, da violência e da falsa superioridade, mas até mesmo eles já despertam.

O risco talvez seja acreditar que a solução para a esquerda seja a ascensão da direita, seu mover o pêndulo para o outro lado. É um pensamento fácil e abstrato. Grotesco, eu diria. A solução para o cenário atual é adquirir inteligência, agir com bondade e cuidar do próximo que está a seu lado. 

Sim, eu estou à direita do espectro político, com forte tendência ao conservadorismo cultural e ao liberalismo econômico. Sim, eu considero esta a posição mais digna, moral e inteligente que existe neste momento. Contudo, utilizar isso como rótulo ou refúgio é ceder à cruel dialética das abstratas figuras de linguagem e aos reducionismos que atentam diretamente contra a boa filosofia e a inteligência. A esquerda caiu na própria dialética. Que não se faça o mesmo dos outros lados.

Hélio Angotti Neto