sexta-feira, 16 de setembro de 2016

A Revolução do Papel do Médico na Antiguidade, e o Retrocesso de Hoje.



"Pela primeira vez em nossa tradição houve uma separação completa entre matar e curar. Ao longo da história do mundo primitivo, o médico e o feiticeiro normalmente eram a mesma pessoa.



[Médico e feiticeiro] tinham o poder para matar e o poder para curar... 

Com os gregos, a distinção entre ambos ficou clara. Uma profissão, a dos seguidores de Esculápio, deveria dedicar-se completamente à vida sob todas as circunstâncias, independente de classe, idade ou intelecto - à vida de um escravo, de um imperador, de um estrangeiro, de uma criança deficiente...



Esta é uma dádiva sem preço que não podemos arriscar que se corrompa. Todavia, a sociedade está sempre tentando transformar o médico num assassino - para matar a criança deficiente ao nascer, para 'esquecer' as pílulas soníferas ao lado do leito de um paciente com câncer...



É dever da sociedade proteger o médico de tais demandas."



Margaret Mead



“For the first time in our tradition there was a complete separation between killing and curing. Throughout the primitive world, the doctor and the sorcerer tended to be the same person.

[Doctor and sorcerer] with power to kill had power to cure. . . .

With the Greeks, the distinction was made clear. One profession, the followers of Asclepius, were to be dedicated completely to life under all circumstances, regardless of rank, age, or intellect – the life of a slave, the life of the Emperor, the life of a foreign man, the life of a defective child…

This is a priceless possession which we cannot afford to tarnish, but society always is attempting to make the physician into a killer – to kill the defective child at birth, to leave the sleeping pills beside the bed of the cancer patient…

It is the duty of society to protect the physician from such requests."