"A Medicina não é uma página em branco na qual a sociedade escreve o que quiser. É uma realidade que deriva de condições existenciais objetivas e concretas. Alguém, acometido por uma doença ou por um tormento de qualquer espécie, busca auxílio; alguém se presta a auxiliar o próximo em condição de fragilidade. A relação entre os dois é a tradicionalíssima relação médico-paciente, e este elemento teleológico é essencial e imutável.
Há espaço para a construção social? Sim, porém é limitado. Há determinadas características imutáveis que, uma vez manipuladas, desvirtuam tudo aquilo que é, que foi e que pode ser a Medicina digna de tal nome . Daí a importância de saber o que é perene na Medicina – o que é atemporal de fato – e que deve ser mantido por seu valor imprescindível. Buscar tais elementos perenes num texto comprovadamente milenar e ainda tão útil, de um poder simbólico tão evidente como é o Juramento, é uma oportunidade preciosa."