O CÁRCERE DA CONSCIÊNCIA E A PATRULHA DO ÓDIO
A resposta exagerada a um texto que acusou respostas exageradas
O texto “Prestando Atenção no que Pouco Importa” despertou vis paixões em milhares de leitores, e boas reflexões em outros milhares.
Como eu disse no texto original, muitas pedras
nas mãos, bolsos, sapatos e, até quem sabe, nas cuecas.
O assunto abordado foi a enorme repercussão que o brasileiro dá a coisas de magnitude inferior aos mais dramáticos e urgentes problemas que nossa nação já enfrentou. Eis os problemas listados:
- A corrupção de muitos colegas médicos;
- O comprometimento de nossa elite médica com ideais monstruosos, culminando com a tentativa de liberar o aborto e a eutanásia infantil na gestão anterior do Conselho Federal de Medicina;
- O envolvimento de grupos estudantis que teoricamente afirmam comprometimento com a vida humana, mas namoram a indigna Cultura da Morte;
- A imoral e desequilibrada predileção do brasileiro por assuntos menores diante de questões de suma importância, como a estratosférica violência assassina que domina o país – que vive uma guerra civil, vitimando principalmente as camadas mais frágeis da população - e a manipulação ideológica grosseira da alma de nossos jovens e crianças nas escolas.
Toquei numa terrível ferida, ao que parece. A verdade dói, sempre. Contudo, nos liberta. Só é uma pena que tantos prefiram viver algemados na mentira e, assim como aconteceu no Mito da Caverna de Platão, optam por agredir quem quer que queira lhes meter um pouco de juízo nos miolos moles.
Rapidamente vi a engrenagem da violência e do assédio moral girar e lançar destroços por todos os lados.
Os jovens das calças abaixadas – não conheço nenhum deles, tampouco suas famílias – foram acusados de maquiavelicamente estimular estupros e assassinatos de mulheres e de serem racistas brancos e ricos da elite. Não tenho a menor idéia de suas procedências ou de suas classes sociais, mas a patrulha do ódio cego seletivo, doravante chamada de POCS, tudo sabe, tudo vê e todos os pensamentos adivinha, como se fosse uma farsa invertida da onisciência divina. Os videntes que se cuidem, pois a POCS sonda corações e mentes, sonda o passado e as futuras intenções homicidas, racistas e “plurifóbicas” só de olhar fotos.
Fui chamado de leniente, racista, fascista (na verdade, de
facista), corporativista
e muitos outros adjetivos que, por respeito à minha família e aos demais leitores, declino em repetir. Escutei até uma curiosa ameaça: “O seu nome está na rede, o senhor vai ver...” Lembro que escutei um longo uivo de lobo na noite escura e um som de correntes vindo de um sótão imaginário ao ler essa ominosa advertência.
Sim, meu nome já estava na rede e ficou ainda mais na rede. Graças à POCS, o que escrevo se disseminou ainda mais! Agradeço a todas as carinhosas mensagens, devidamente anotadas para eventuais consultas jurídicas e para lembrar-me da necessidade de falar cada vez mais, de continuar a expor tais erros, principalmente onde geram maior desconforto.
POCS – Patrulha do Ódio Cego Seletivo
Ao meu artigo obtive diversas formas de respostas.
Concordâncias totais ou parciais.
Discordâncias parciais ou quase totais, incluindo argumentos e posicionamentos racionais e suas devidas justificativas.
Discordâncias totais, mantendo o tom de respeito e civilidade.
Discordâncias agressivas com ameaças, ofensas e acusações absurdas. É sobre este último elemento que escrevo agora e nomeio de POCS.
Explico rapidamente o acrônimo.
P de Patrulha, por que seus membros estão à cata de algum fato, pessoa ou grupo que se encaixe em sua visão pré-determinada de mundo, ditada pelo politicamente correto e pela mentalidade revolucionária. São vigilantes das redes, ativistas das cátedras universitárias e justiceiros sociais. Quanto mais vigiam e punem (para parafrasear um de seus ídolos), mas autossatisfação sentem. É o ódio enobrecido pela ideologia que mascara a imoralidade de toda a situação, como diria Gabriel Liiceanu.
O de Ódio, por ser o instrumento de trabalho utilizado e a motivação que aciona a máquina revolucionária, sempre à busca de vítimas que justifiquem o mito imposto. Esse tipo de ódio deve ser calculado com frieza e estratégia, para depois ser despejado na sociedade de maneira inflamada e perturbadora. Não é mais o perdão que cola a sociedade, é o ódio aos inimigos comuns.
C de Cego, por ser caracteristicamente desprovido de bom senso. Nota-se uma perturbada ausência do senso das proporções. Para crimes horríveis, genocídios e assassinatos cruéis, destinam a total ignorância. Para crimes simbólicos, atitudes chamadas às vezes de subconscientes ou inconscientes ou por nascer com o sexo, a cor ou a classe errada, prescrevem-se perseguições, destruições de carreiras, prisões, exílios e até extermínios.
S de Seletivo, justamente pelo seu caráter de maniqueísmo catalisador do ódio. Busca-se um inimigo sobre o qual o ódio e a agressão possam ser extravasados numa catarse que preenche o justiceiro social de contentamento consigo mesmo, com sua pureza na violência. O fenômeno é antigo, e nada melhor para aplacar a própria consciência do que descarregar no próximo as culpas reais ou imaginadas de toda a sociedade.
No fim o que importa para a POCS não é a ofensa ou crime em sua objetividade, é se o ofensor está do lado errado da luta revolucionária e merece ser execrado.
A Violência Simbólica e a Hermenêutica Revolucionária
Demonstrando com exemplos concretos o que eu tentava descrever no artigo anterior, a patrulha odienta arregimentou seu gado de manobra. Gado este composto por jovens que aprenderam a odiar ainda novos, movidos por senhores esclerosados e amargos que tantas vezes ocupam o lugar destinado a professores e pensadores. Jovens que enxergam com as tintas do ódio por onde passam e julgam ao próximo com a pior das intenções. São fariseus modernos que, de forma ainda pior que seus semelhantes de tempos antigos, se lambuzam com o ódio e a maldade, estimulando a violência moral e a perseguição.
A patrulha viu na imagem fotografada um símbolo do machismo, do que denominam cultura do estupro e do desrespeito às mulheres. Estranho como uma foto descarrega tanta comoção, tanto ódio e tanta sede de destruição da reputação e da vida alheia, enquanto o uso do símbolo comunista, representando uma ideologia responsável pelo maior genocídio que a humanidade já viu em milhares de anos de história, é simplesmente ignorado.
Fotos de tiranos monstruosos e psicopatas como Lênin e Stálin são exibidas em reuniões políticas e eventos culturais como se fossem a coisa mais normal do mundo. Levantam o punho fechado, proclamando a revolução, como se tal símbolo não significasse tortura, expurgos, fome e extinções de grandes massas populacionais.
Se símbolos perigosos merecem censura e punição, por que alguns símbolos de uma evidência histórica cruel passam impunes e outros são tão perseguidos, mesmo que sejam meras sombras pálidas diante do mal alheio? Para a ideologia, o único mal condenável é aquele que pertence ao inimigo da hora. E todo o mal próprio é justiça pela causa. A ética se reduz ao partidarismo.
A patrulha do ódio vocifera amaldiçoando e pedindo a cabeça dos jovens que, ao fazer um símbolo com as mãos que representa uma vagina e escreverem “pintos nervosos” - simbolizam a morte das mulheres, pelo menos de acordo com a hermenêutica revolucionária.
Mas se realmente prezam a vida das mulheres, como ousaram ignorar a atitude anterior do Supremo Tribunal Federal? Nossos elevadíssimos juízes libertaram aborteiros responsáveis pela morte de uma jovem mãe. A pobre mulher, iludida pela solução teoricamente fácil do aborto, morreu por causa do procedimento ilegal realizado clandestinamente numa clínica da morte e, para que o crime não fosse ligado aos seus perpetradores, recebeu um tiro, foi esquartejada e carbonizada.
Gritam contra a cultura do estupro, mas fingem não existir a norma governamental que libera o aborto para mulheres estupradas sem a necessidade de avaliação psicológica prévia cuidadosa e sem a necessidade de abrir o boletim de ocorrência, fazendo uma denúncia formal. Repito, um monstro estupra uma mulher e a solução é abortar, não há necessidade de se abrir um boletim de ocorrência e perseguir o maldito. O monstro continua à solta para fazer outras vítimas.
É claro que não foi somente a POCS que respondeu. Muitos responderam concordando parcialmente ou totalmente, ponderando e argumentando, com sabedoria e educação. Muitos se revoltaram e ainda se revoltam ao ver o nome da medicina jogado na lama – confesso que também fico revoltado, como não ficaria? Muitos ainda desejam uma punição exemplar.
Alguns, a verdade seja dita, chegaram reproduzindo os dizeres tão manjados dos arregimentadores do ódio, mas ao conversarem comigo, mostraram a capacidade de parar, refletir e compreender, mesmo em discordância.
Outros repetiam, com razão, a verdade de que o que é certo continua certo, mesmo que poucos o façam, e que aquilo que é errado continua errado, mesmo que ninguém o faça. Eu disse o contrário, alguma vez?
O Mecanismo do Bode Expiatório
Espantalhos foram levantados. O antigo, cruel e implacável mecanismo do bode expiatório foi disparado. Os jovens serviram como catalisadores das reações acusatórias e encarnaram a culpa lançada pela patrulha do ódio cego destinado somente aos premiados inimigos da hora, selecionados pela ideologia e pela causa que merece atenção de acordo com as decisões daqueles que puxam as cordas.
Não eram mais jovens. Viraram monstrengos, estupradores, assassinos. Foram rotulados da forma mais compatível com o que prega a patrulha: eram brancos, de classe alta, heterossexuais etc.
A bem da verdade devo dizer que não os conheço, não sei se são brancos ou pardos, não sei a qual classe social eles pertencem e tampouco sei ou quero saber suas preferências sexuais, assuntos que só podem interessar a quem não tem o que fazer.
Não era mais a corrupção, a morte e a deseducação que assolavam o Brasil, era o símbolo que, sem duvida nenhuma – pelo menos no juízo dos raivosos leitores de imagens, símbolos e corações – revelava intenções malignas profundas e perigosas de sair a estuprar e matar ou de estimular pobres mentes influenciáveis a fazê-lo.
Como eu disse antes, sabia muito bem quem eu iria cutucar. Como a serpente cuja cabeça foi esmagada, o corpo asqueroso dessa cosmovisão assassina e decadente ainda se revira, mudando de cor e de posição. Mesmo após a exposição de toda a malícia, o ódio revolucionário continua projetado, visto em cada ato daqueles que não concordam, concentrado naqueles que devem ser sacrificados para que ocorra a catarse.
O ódio será destilado. É destilado neste exato momento.
Punições exemplares e desproporcionais serão solicitadas. E ao fim, quando os bodes escolhidos para a imolação tiverem sua moral, suas mentes e suas vidas devassadas, restará à POCS o satisfatório sentimento de vitória. Foi cumprida a justiça ideológica. Os símbolos sutilmente impostos pelos intelectuais orgânicos foram concretizados na realidade, gerando a satisfação de concluir a profecia autorrealizável e a alegria abjeta de quem se compraz impunemente na violência e na destruição de reputações.
A Busca pelas Virtudes e a Educação das Emoções
E quanto aos jovens? A estimulação agressiva de suas culpas com acusações de intenções homicidas e cruéis os levará ao desequilíbrio emocional e psicológico, talvez eles até mesmo abracem a causa daqueles que os agrediram, numa curiosa reviravolta ao estilo da Síndrome de Estocolmo. Ou talvez tenham a força de caráter e a humildade suficientes para aprender a lição e jamais repetir a desnecessária e desrespeitosa exposição de suas pessoas sem que concordem com o mecanismo do bode expiatório. Talvez compreendam melhor a sociedade em que vivem. E talvez compreendam a fragilidade de seus futuros pacientes e a nobre vocação que desejaram seguir, tão fragilizada e vilipendiada, em parte graças a eles neste momento.
Simpatizo com as famílias dos jovens, que devem estar absolutamente horrorizadas com a atitude de seus filhos e ainda mais com o ódio sistêmico despertado Brasil afora. Sou marido e pai, tenho meu telhado de vidro, sei que educar não é fácil, e filhos possuem vontades próprias e cometem erros e acertos.
Que eles paguem o que é devido. Tenho certeza de que os professores e o Conselho Regional de Medicina agirão com competência e responsabilidade ao julgar o caso. Espero que a lição seja aprendida.
Porém, confesso uma coisa. Como eu gostaria de ver a revolta e a punição proporcional ao erro dos perigos que ameaçam a medicina e, sobretudo, a vida de nossos pacientes!
Quem se revoltará contra médicos aborteiros que atuam na ilegalidade, matando mulheres e seus filhos? Quem se revoltará contra estudantes que defendem ideologias sanguinárias e vestem camisas do cruel porco fedorento Che Guevara, assassino de adolescentes, homossexuais e prisioneiros que cometeram o delito de discordar ou de pertencer à “classe” errada? Quem se revoltará contra os manipuladores que ousam conspurcar o título de professor enquanto arrombam a alma de seus pupilos, entregues inermes aos mais grotescos assédios ideológicos?
Sinceramente, não consigo prever justiça no momento. Vejo uma horda de ovelhas que engolem o discurso projetado pelo ódio e pela sanha de poder e controle de uma minoria realmente privilegiada, que estimula conflito por meio de frases de efeito entorpecedoras.
Mesmo pessoas inteligentes e razoáveis estão caindo na manipulação simbólica e linguística das velhas raposas assanhadas. Lamento, mas o alvo da justa ira continua desfocado.
Quem diria que a geração que nasceu do "é proibido proibir" seria a ferramenta ideal e intransigente do politicamente correto! A dialética é, de fato, um assunto muito interessante para o estudo e a compreensão da realidade.
Gostaria que lessem e meditassem sobre as palavras ditas por alguém muito mais experiente, inteligente e sábio do que este nem tão jovem que ousa virar o espelho na direção do leitor e de si mesmo:
"Numa alma bem estruturada, as emoções refletem naturalmente o senso das proporções e a realidade da situação. A afeição, a esperança, o temor, a ansiedade, o ódio são proporcionais aos seus objetos e, nesse sentido, são verdadeiros órgãos de percepção. Afiná-las para que cheguem a esse ponto é o objetivo de toda educação das emoções. Na sociedade histérica, porém, cada um só pode alcançar esse objetivo mediante um tremendo esforço de tomada de consciência e de auto-reeducação. O que deveria ser simplesmente o padrão da normalidade humana torna-se uma árdua conquista pessoal."
A fúria acionada por gatilhos verbais e a incapacidade de analisar com calma, proporcionalidade e senso de hierarquização da conduta que se vê no Brasil é, por fim, o fruto de uma elite psicopática que convenceu um povo a entrar na louca histeria de seus sonhos imorais.
Nas palavras do psiquiatra Andrew Lobaczewski:
A interpretação tradicional dessas grandes doenças históricas já ensinou aos historiadores a distinguir duas fases. A primeira é representada por um período de crise espiritual na sociedade, que a historiografia associa ao esgotamento dos valores morais, religiosos e ideativos, que até então alimentavam a sociedade em questão. O egoísmo aumenta entre os indivíduos e os grupos sociais, e as ligações entre a obrigação moral e as conexões sociais parecem se afrouxar. Assuntos sem importância, em seguida, dominam as mentes humanas em tal extensão que não há espaço sobrando para pensar sobre assuntos públicos ou para um sentimento de comprometimento com o futuro. Uma atrofia da hierarquia de valores no pensamento dos indivíduos e das sociedades é também uma indicação disso; algo que tem sido descrito tanto em monografias historiográficas quanto em artigos de psiquiatria. O governo do país é finalmente paralisado, impotente frente aos problemas que poderiam ser resolvidos sem grande dificuldade sob outras circunstâncias. Vamos associar tais períodos de crise com a fase familiar da histerização social.
A próxima fase é marcada por tragédias sangrentas, revoluções, guerras e quedas de impérios. As deliberações dos historiadores ou dos moralistas sobre essas ocorrências sempre deixam atrás de si um certo sentimento de deficiência em relação à possibilidade de perceber certos fatores psicológicos discerníveis dentro da natureza dos fenômenos; a essência desses fatores permanece fora do escopo de suas experiências científicas.
Olhemos o nosso Brasil e reflitamos. Perdemos nossa substância espiritual e moral. Ocupamo-nos cada vez mais com imbecilidades e coisas sem importância alguma. Tornamo-nos cegos aos maiores problemas de nossa combalida sociedade e concentramos esforços e pensamentos ao redor de símbolos artificiais e banalidades como o Reality Shows de quinta categoria, que mostram o que mais de medíocre e desinteressante existe na sociedade, estimulando os mais baixos sentimentos e a mais vã curiosidade. A liderança corrompida e corruptora assiste ao assassinato e à destruição maciça do povo brasileiro e permanece paralisada ao redor de projetos sem importância ou simplesmente da salvação pessoal em meio às denúncias de corrupção da operação Lava-Jato. O Brasil está histérico, e mesmo as pessoas que não se enquadram no perfil psicopático estão permitindo a tosca manipulação verbal dos piores elementos.
O brasileiro teve a sua consciência encarcerada.
A MORALIDADE CRISTÃ E NIETZSCHE
Nietzsche dizia que a moralidade cristã era a moralidade de escravos ou servos. Se servo for utilizado no sentido de servir ao próprio Deus, infinito, soberano e supremo acima de tudo e todos, com certeza o Nietzsche estava certo.
Alguém consegue imaginar como a fé e a moralidade cristã são pujantes, maravilhosas e intimidadoras? Imaginem pessoas, em sua maioria simples membros da classe mais baixa, dispostas a serem devoradas por leões famintos, dispostas a terem suas peles rasgadas e seus membros arrancados a mordidas vorazes para que servissem de grotesco espetáculo para a turba sanguinária.
Qual a razão dessa punição tão exemplar? Ousaram não se ajoelhar perante César, a suprema autoridade mundana.
Na perspectiva imanente, a moralidade cristã é absurdamente nobre e, ousaria dizer, aristocrática no mais supremo dos sentidos possíveis: a aristocracia do Espírito, relativa a pertencer à família do próprio Deus Pai.
Voltando a Nietzsche, ousaria dizer que ele tomou por cristã a moralidade medíocre da baixa burguesia de seu tempo. Enxergou na moralidade das convenções utilitárias e hedonistas uma fria, pálida e triste caricatura do que seria a verdadeira moralidade do Cristo.
Disse ele que "na verdade existiu somente um cristão, e ele morreu na cruz." Em parte ele está correto, ao perceber o clima sem esperança de seu tempo. Todavia, foi profundamente infeliz em sua constatação ao ignorar o sangue do martírio cristão e a nobreza de tantos exemplos daqueles que ousaram imitar a Cristo ao longo dos tempos.
Ouso imaginar que Nietzsche criticava de forma tão ácida a fé de seu tempo porque ele mesmo ansiava conhecer verdadeiros e corajosos cristãos, repletos da nobreza que não é desse mundo.
Onde estão nossos nobres mártires? Quem ousará tomar a cruz e caminhar? Que Deus dê coragem e nobreza ao nosso povo nesse momento de trevas niilistas e patrulha ideológica.