terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Programação do Módulo I do SEFAM

Módulo I do SEFAM: Humanidades Médicas

Ciência, Filosofia e Saúde


No primeiro semestre de 2016, teremos o módulo I presencial gratuito para os alunos do UNESC. E uma novidade: teremos também a versão online! Já estou concluindo as negociações para disponibilizar o conteúdo.


I.                   Descrição do Curso e Objetivos

Estudaremos as Humanidades Médicas na busca do aprimoramento pessoal enquanto profissionais da área da saúde e estudiosos interessados no fenômeno da vida humana. Os participantes terão acesso a leituras, filmes e artigos acadêmicos durante seminários, aulas expositivas e debates. A capacidade de estudo interdisciplinar é um pré-requisito, ou pelo menos a boa vontade em fazê-lo, e todos deverão estar abertos a um amplo estudo e para a busca nas mais diversas fontes.

Os objetivos deste curso são: (1) promover a busca pela Alta Cultura entre os participantes; (2) conhecer os principais temas e materiais em Humanidades Médicas; (3) aprimorar-se intelectual e moralmente; (4) treinar as capacidades argumentativa, deliberativa e meditativa; (5) pensar sobre o papel do médico e do profissional de saúde na sociedade.

A versão online será um curso livre e não oferecerá certificação institucional ou governamental. 

O curso presencial poderá oferecer certificação via UNESC na qualidade de Atividade Complementar e é gratuito.


II.              Cronograma

Introdução
Questões administrativas básicas do curso. Apresentação da bibliografia. Em Busca da Alta Cultura. Apeirokalia. O ideal grego clássico de formação nobre (Paidéia). O valor do estudo dos clássicos em saúde. Literatura e Medicina.

A Vida Intelectual e a Vida Acadêmica
As condições para uma vida intelectual verdadeira. A busca da formação humanística. Disciplina e Perseverança. Moralidade e conhecimento. A formação clássica do livre pensador. Rotinas da vida acadêmica. Publicando em Humanidades Médicas e Bioética. A crítica da Academia internacional e brasileira. A invasão vertical dos bárbaros na Academia. A deturpação das instituições conforme Eric Voegelin no livro Hitler e os Alemães.

Origens da Filosofia.
O projeto Socrático. Filosofia X Produto Filosófico X Sofística X Filodoxia. Platão e a Academia. O Liceu Aristotélico. O Mito da Caverna. Apologia de Sócrates e a Verdade da alma contra o mundo. O conhecimento da própria ignorância como passo elementar da filosofia socrática.

Os Quatro Discursos Aristotélicos.
Introdução aos Quatro Discursos. Os quatro discursos na Medicina. Poética. Retórica, Dialética. Lógica. O uso dos quatro discursos como ferramenta para classificação do próprio conhecimento.

Ferramentas Aristotélicas para Médicos.
As quatro causas. Substância e Acidente. Ato e Potência. Aplicação das Causas Metafísicas na saúde humana, na avaliação de artigos científicos e na análise de situações em bioética.

Retórica e Argumentação.
A retórica clássica. Introdução à Lógica Informal. Erística. Comunicação não-verbal. Como ouvir, como falar. Programação neurolinguística. Análise de casos.

Filosofia da Ciência.
A Ciência Clássica. A ciência moderna experimental e empírica. O paradigma indutivista. O Falsificacionismo de Karl Popper. A Teoria das Revoluções Científicas de Thomas Kuhn e a resposta de Giovanni Reale. Ciência e Mito. CiÊncia como religião. Progresso e Responsabilidade na filosofia de Hans Jonas.

O Método Filosófico.
Introdução ao método filosófico por Olavo de Carvalho. Os passos do método filosófico. Aplicação do método filosófico a uma questão de bioética.

Fundações Culturais da Medicina
Valores judaicos, gregos e cristãos. A Medicina da Grécia Antiga. Hipócrates. O Juramento. A Obra Hipocrática. Antigos valores, lições ainda válidas.

A Erística
Truques erísticos comuns na altercação brasileira. Argumentos ad hominem. Golpes psicológicos na discussão. Análise de debates.



III.              Professor
Prof. Dr. Hélio Angotti Neto graduou-se médico na Universidade Federal do Espírito Santo; fez residência médica na Universidade de São Paulo, em Oftalmologia, onde também fez Doutorado em Ciências Médicas (Oftalmologia); foi preceptor no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em 2006; foi assistente médico em Oftalmologia na Universidade Federal do Espírito Santo e na Universidade Federal do Triângulo Mineiro; é professor do Centro Universitário do Espírito Santo onde atua desde dezembro de 2012 na qualidade de Coordenador do Curso de Medicina; foi Coordenador do Mestrado Interinstitucional entre o UNESC de Colatina e a UNESC de Criciúma; atua no Comitê de Ética em Pesquisa do UNESC; É Diretor Editorial da revista internacional em Humanidades Médicas Mirabilia Medicinae, sediada no Institut d’Estudis Medievals da Universidade Autônoma de Barcelona; atua como revisor dos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia; é membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, da Associação Brasileira de Educação Médica, da Sociedade Brasileira de Bioética, do Center for Bioethic and Human Dignity e da Academia Brasileira de Oftalmologia.

IV.                BIBLIOGRAFIA BÁSICA

ADLER, Mortimer. Aristóteles Para Todos: Uma introdução simples a um pensamento complexo. São Paulo, SP: É Realizações, 2010.

BEAUCHAMP, T.L.; CHILDRESS, J.F. Principles of Biomedical Ethics 7th ed. Oxford University Press, 2012.

NOUGUÉ, Carlos. Suma Gramatical da Língua Portuguesa. São Paulo: É Realizações, 2015.

PELLEGRINO, Edmund D.; ENGELHARDT Jr., H.T.; JOTERRAND, Fabrice. The Philosophy of Medicine Reborn: A Pellegrino Reader. University of Notre Dame Press: 2008.

______, THOMASMA, D.C. Helping and Healing: Religious Commitment in Health Care. Georgetown University Press, 1997.

______, THOMASMA, D.C. The Christian Virtues in Medical Practice. Georgetown University Press, 1996.

______, THOMASMA, D.C. The Virtues in Medical Practice. Oxford University Press, 1993.

PLATO. Plato: Euthyphro. Apology. Crito. Phaedo. Phaedrus (Loeb Classical Library). Harvard University Press:1999.

SCHOPENHAUER, Arthur. Como Vencer um Debate Sem Precisar Ter Razão, em 38 estratagemas. São Paulo, SP: Topbooks, 2003.

SERTILLANGES, Antonin-Dalmace. A Vida Intelectual: Seu Espírito, Suas Condições, Seus Métodos. São Paulo, SP: É Realizações, 2015.

WALTON, Douglas N. Lógica Informal. São Paulo, SP: WMF Martins Fontes, 2012.


domingo, 10 de janeiro de 2016

Sugestão de Leitura: O Médico, de Rubem Alves

O Médico, de Rubem Alves



Há dois dias li "O Médico", de Rubem Alves. 

O livro abre com capítulos repletos de lirismo ao redor da bela obra de Luke Fields. A mesma que adorna a página de abertura do SEFAM. O protótipo do bom médico, do médico humanista, do médico presente, reflexivo e prestativo. 

Rubem Alves segue o livro contando um pouco da inspiradora história de Albert Schweitzer, músico, filósofo e médico ganhador do prêmio Nobel da paz. 

Fala também sobre a sempre presente morte. Certeza dos nascidos e amiga incômoda de todo médico, de toda a vida.

Terminaria bem o livro, mas não segue na mesma toada de seu início.

Aqui sei que arrisco muito em futucar um buda dourado, um ícone "sagrado", como Rubem Alves.

Mas quando o lirismo descamba para uma romantização artificialmente embelezadora de maníacos cruéis como Lênin e Marx, quando velhas figuras de linguagem automatizadas pela ideologia de esquerda ("caminhando e cantando...") aos poucos substituem o lirismo profundo, íntimo e belo, o escrito progressivamente toma um ar de superficialidade, de ênfase forçada.

O lirismo de Rubem Alves também soa superficial ao criticar a religião e a teologia cristã, contra as quais o autor guardou, provavelmente, alguns ressentimentos de antigos desafetos. Transforma fenômenos complexos e sublimes em espantalhos.

Mas creio sinceramente que este livro não é amostra do que o autor tem de melhor. 

Mais, eu não digo, pois sei que já remexi demais o vespeiro. E antes que algum dardo inflamado dispare em minha direção, deixo duas excelentes opções de crônicas e relatos belíssimos sobre a arte de ser médico e de ser paciente, sem pretensões ideologizantes:

- Sinto Muito, de Nuno Lobo Antunes;



- A Morte de Ivan Illitch, de Leon Tolstói.


Boa leitura.

Entrevista sobre o SEFAM cedida à Radio Vox

Entrevista cedida em 16 de novembro de 2015.




Os Desafios do Médico

O médico salva diversas vidas, sim! Isso pode até não ser um grande desafio na maioria das vezes, mas é maravilhoso e recompensador.

 Li um comentário que despertou o interesse em falar acerca de qual seria o maior desafio do médico.

“Não há desafio maior do que salvar vidas humanas”.

Antes de falar qual seria o maior desafio, seria bom começar a falar de quais são os desafios do médico.

A tríade da clínica nos impõe três grandes desafios de caráter geral. O primeiro grande desafio geral é o diagnóstico. Investigar e descobrir qual o problema, mapear terrenos.

O segundo grande desafio é o prognóstico. De posse do conhecimento acerca do problema do paciente, prever o risco, os possíveis caminhos a seguir, os possíveis destinos a alcançar.

O terceiro grande desafio é a terapêutica. O tratamento, que pode ser cirúrgico, farmacológico, de reabilitação ou simplesmente de conforto. Sem o mapeamento do terreno a caminhar e sem saber o que esperar ao fim de cada caminho, como traçar um percurso?

Esses três desafios gerais são complementares. Algumas vezes o mais desafiador será o diagnóstico, e um tratamento simples poderá poupar uma vida. Às vezes o diagnóstico será facílimo, porém o tratamento necessitará de grande perícia, ou muita coragem.

Mas toda a tríade da ação médica visa um objetivo, uma finalidade: o bem do paciente. Aí cabe uma série de desafios adicionais.

Qual o bem desejado pelo paciente? Qual o bem necessário identificado pelo médico? Qual o maior bem possível de ser alcançado na relação médico-paciente?
Posso atender a um paciente que deseja novos óculos e detectar um dano ao nervo óptico compatível com o diagnóstico de Glaucoma Primário de ângulo Aberto. A doença é silenciosa, e o paciente mal sabia que a tinha. O paciente chegou pensando num resultado: enxergar melhor com novos óculos. No meio da consulta ele descobre um outro problema e um objetivo alternativo: evitar a cegueira num futuro hipotético. Qual o melhor resultado possível desta situação e qual o maior desafio? E ainda estamos num exemplo relativamente bem simples, bem cotidiano.
O bem final a ser alcançado pode ser um entre muitos: salvar uma vida, aliviar a dor, confortar alguém que sofre, oferecer sentido à situação de fragilidade e dúvida, informar conhecimentos e promover a autonomia do paciente e de sua família etc.
O desafio e sua gradação mudam de acordo com a situação.

Às vezes o tratamento que salvará uma vida é algo simples, corriqueiro, como a simples injeção da tradicional Penicilina Benzatina que salvará de uma infecção potencialmente mortal. Às vezes salvar uma vida será um desafio extraordinário, de ousadia, técnica, ciência e compaixão, como o grande desafio aceito por nobres cirurgiões pediátricos que decidiram lutar pela vida humana quando tantos outros desistiram.

Um exemplo clássico pode ser visto no esforço de Rob de Jong, crítico do Protocolo de Eutanásia Infantil conhecido como Protocolo Groningen.

O Protocolo Groningen, da Holanda, advoga o extermínio da vida de um bebê em situações drásticas, sem prognóstico, de grande sofrimento irreversível. Joga-se a toalha. Em 2008 foram reportados 22 casos de aplicação do Protocolo em crianças com espinha bífida.[1]

Desistir sempre da vida humana seria tão fácil! Alguns resultados garantem que tudo pôde ser feito em acordo com os pais e a equipe médica, e sem gerar processos legais incômodos.

Mas aí o grande desafio é realmente salvar uma vida, inovar, batalhar. Rob de Jong mostra o resultado de uma de suas batalhas: uma criança operada e sorridente, aos 7 meses, interagindo, com o diagnóstico que garantiria sua entrada no Protocolo Groningen, porém sem o sofrimento insuportável ou o prognóstico irreversível descrito.[2]

Foto do artigo de Rob de Jong, Internet, http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2092440/

Quantas vezes um médico ou um cientista não se deparou com o que parecia ser um beco sem saída? Quantas vezes o impossível não se tornou possível e hoje parece ser algo garantido?

Lembro da história do Dr. Ben Carson, neurocirurgião pediátrico que pela primeira vez separou com sucesso dois gêmeos siameses unidos pela região occipital do crânio. Assim como ele venceu um desafio pela primeira, vez, alguém pela primeira vez realizou um transplante de rim, operou um coração, usou com sucesso um antibiótico etc.

Sim, salvar a vida é um grande desafio em diversas oportunidades.

Mas há oportunidades nas quais a grande novidade, a grande descoberta, a revolução no tratamento não ocorre. Nesses casos a vida não poderá ser salva. O grande desafio será aliviar ou confortar, e esses atos são deveres primários de qualquer médico.

Esqueça o conselho amargo de alguns desiludidos ou menos otimistas que afirmam que o médico nada faz, que o médico não está lá para salvar vidas. O médico faz muita coisa, e se for um bom médico, de boa formação humanística e científica, fará ainda mais. O médico salva diversas vidas, sim! Isso pode até não ser um grande desafio na maioria das vezes, mas é maravilhoso e recompensador.

Prof. Dr. Hélio Angotti Neto é Coordenador do Curso de Medicina do UNESC, Diretor da Mirabilia Medicinæ (Revista internacional em Humanidades Médicas), Membro da Comissão de Ensino Médico do CRM-ES, Médico Oftalmologista pela Secretaria de Saúde do ES, Membro do Comitê de Ética em Pesquisa do UNESC e criador do Seminário de Filosofia Aplicada à Medicina (SEFAM).



[1] Verhagen AA, Sol JJ, Brouwer OF, Sauer PJ. Deliberate termination of life in newborns in The Netherlands; review of all 22 reported cases between 1997 and 2004. Ned Tijdschr Geneeskd. 2005 Jan 22;149(4):183-8.
[2] JONG, T. H. Rob de. Deliberate termination of life of newborns with spina bifida, a critical reappraisal. Childs Nerv Syst. 2008 Jan; 24(1): 13–28.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Pérolas da Medicina: Margaret Somerville



"A idéia mais perigosa do mundo é achar que não há nada de especial no ser humano"


É Possível Agradar Gregos e... Romanos?

No Academia Médica, acaba de iniciar uma série de artigos sobre Ética Médica e Bioética. E já começamos o ano de 2016 colocando um pouco de lenha na fogueira. Há incompatibilidade entre a Ética Hipocrática e Cristã e a Bioética contemporânea? Mas, espere um momento... Qual bioética?


Confira: http://academiamedica.com.br/bioetica-e-etica-medica/

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Projetos para 2016

2016 promete muito para o Seminário de Filosofia Aplicada à Medicina.

Prosseguiremos com a iniciativa cultural em Humanidades Médicas. Com a ajuda da Liga Acadêmica de Humanidades Médicas de Colatina (LIAHM) promoveremos o IV Seminário UNESC de Humanidades Médicas, trazendo diversos convidados para Colatina e criando um proveitoso espaço para o debate em saúde.

A parceria com os acadêmicos que criaram a LIAHM promete excelentes frutos, e diversos projetos de humanização ocorrerão por iniciativa dos alunos nos locais de atendimento à saúde ligados ao UNESC.
A edição da Mirabilia Medicinae continua, com a previsão de um volume para junho e outro para dezembro de 2016. Um dos volumes será dedicado aos trabalhos apresentados no Seminário de Humanidades Médicas.
Recomeçamos o ciclo bianual do SEFAM no UNESC. Em dois anos teremos os quatro módulos, um por semestre, gratuitos, oferecidos aos interessados em Humanidades Médicas, Ética Médica, Bioética e Filosofia da Medicina.

O primeiro módulo será principalmente sobre Humanidades Médicas, e se chama: Ciência, Filosofia e Saúde. O segundo será Narrativa e Retórica Médica. O terceiro será Bioética em Questões. O último, no segundo semestre de 2017, será Filosofia da Medicina. Todos juntos promoverão a passagem do aluno pelo estudo e pela prática do discurso nas quatro formas: Poética, Retórica, Dialética e Lógica, conforme o artigo publicado no seguinte link: http://www.biomedicalandbiopharmaceuticalresearch.com/images/Article2_11n2.pdf 

Está previsto para 2016 o lançamento do livro "A Tradição da Medicina", com uma análise discursiva e simbólica do Juramento de Hipócrates e outros materiais sobre a formação em Virtudes para o médico e a criação e fundamentação do SEFAM. O livro deverá ser lançado pela VIDE Editorial, que lançou o livro "A Morte da Medicina".

Novos alunos do SEFAM se preparam para iniciar suas pesquisas em Humanidades. Após completarem a segunda edição do Seminário, preparam um estudo sobre a Ética Hipocrática, que auxiliará na formação do imaginário médico contemporâneo e nos lembrará de quem somos. Todos estaremos trabalhando no resgate da cultura médica, sem a qual qualquer tentativa de crítica cultural ou aprimoramento moral profissional será quase impossível.


E, por fim, dois honrosos convites foram feitos para apresentações nos Estados Unidos. Em fevereiro, na Baylor University, tratarei da formação moral do médico na cidade de Waco, no Texas, no retiro anual de Humanidades Médicas (mais informações no jornal: http://www.baylor.edu/medical_humanities/doc.php/254888.pdf )


E no mês de junho, participarei como convidado da Iniciativa Global em Bioética do Center for Bioethics and Human Dignity, numa série de eventos sobre Bioética Cristã. Em Illinois, na Trinity International University, terei a chance de apresentar o trabalho sobre o Juramento de Hipócrates que deu sustentação ao livro A Tradição da Medicina.


Só posso agradecer àqueles que colaboraram para o sucesso do SEFAM e de nossos estudos e pesquisas. Um feliz 2016 para todos, cheio de grandes desafios e sucessos, se Deus quiser!

Prof. Dr. Hélio Angotti Neto
Coordenador do SEFAM
www.medicinaefilosofia.blogspot.com.br