domingo, 4 de dezembro de 2016

Restrição do Aborto e o Caso do Chile

 Restrição do Aborto e o Caso do Chile


"Você quer salvar vidas maternas? Apele para a educação, não para o extermínio de fetos e bebês."
Os desesperados pela legalização do assassinato de fetos e bebês pregam como profetas, preveem em suas bolas de cristal que a legalização irá salvar muitas vidas maternas (ao custo de milhões de vidas fetais e infantis, é verdade, mas a vida de uns vale mais que a de outros na cabeça desse povo doido). Também gritam por aí que restringir o acesso ao aborto legalizado irá obrigar mulheres a buscar assistência indevida.

Os fatos mostram outra coisa.

No Chile, uma forte restrição ao aborto, desde 1989, cursou com uma redução progressiva na mortalidade materna relacionada ao aborto ilegal. Isso mesmo! Restringir o aborto cursou com a diminuição da mortalidade!

Estudos realizados no Chile mostram que o aborto inseguro está ligado a um ambiente de medo e coerção, no qual a mãe, incerta de seu futuro, não encontra apoio na sociedade. O Chile resolveu mudar o cenário e iniciou programas de orientação ao planejamento familiar e de elevação dos níveis educacionais das mulheres chilenas, além de intensificar programas de apoio às jovens e inexperientes mães que se encontram em risco de apelar ao abortamento clandestino.

Realmente é mais fácil enfiar um aspirador, desmembrar e matar logo ao invés de realizar toda uma intervenção cultural e todo um programa de apoio cordial. Obviamente, uma coisa não se torna boa por ser mais fácil.

Se nossa sociedade não conseguir se destacar por oferecer verdadeiro apoio às mães e suas famílias, se destacará então por ser uma eficaz exterminadora de humanos indesejáveis. Nós já vimos esse filme antes, certo?

Você quer salvar vidas maternas? Apele para a educação, não para o extermínio de fetos e bebês.

Figure 1. Trend for maternal mortality ratio, Chile 1957–2007.

Figure 2. Relative importance of different causes of maternal death in four periods in Chile between 1957 and 2007.


Fontes Bibliográficas

Koch E (2014) Epidemiología del aborto y su prevención en Chile [Epidemiology of abortion and its prevention in Chile]. Rev Chil Obstet Ginecol 7(5):351-360. Internethttp://www.revistasochog.cl/files/pdf/EDITORIAL50-e0.pdf

Koch E, Thorp J, Bravo M, Gatica S, Romero CX, Aguilera H, Ahlers I (2012) Women's education level, maternal health facilities, abortion legislation and maternal deaths: a natural experiment in Chile from 1957 to 2007. PLoS ONE 7(5):e36613. DOI:10.1371/journal.pone.0036613. Internet