quinta-feira, 20 de julho de 2017

ABORTO EM BAIXA NOS EUA

ABORTO EM BAIXA




Os abortistas e aborteiros que infectam os editoriais de periódicos famosos nos Estados Unidos estão indo à loucura nesses primeiros meses do presidente cor-de-abóbora, o tal do Trump.
Esperneiam por aí e choram as pitangas por causa das diversas clínicas de aborto fechadas graças à redução das verbas federais que eram antes tão rechonchudas.
Segundo Gavin Cleaver, que subscreve o artigo publicado recentemente no Lancet, coisas terríveis aconteceram na terra do Tio Sam! A maioria das clínicas de aborto no Texas (eram 42 ao total) fechou. No Kentucky, sobraram somente três médicos em uma única clínica que ainda realiza procedimentos abortivos. Em Utah, onde restaram duas clínicas das dez ou doze que existiam há poucos anos, uma mulher que deseja abortar deve esperar 72 horas, a maior espera do país.[1] A morte realmente não pode esperar...
Segundo Cleaver – um nome extremamente sugestivo para alguém que defende o abortamento – as mulheres são humilhadas perante as novas restrições ao procedimento. Coisas horríveis, como obrigá-las a fazer uma ultrassonografia, escutar o coração de seus filhos, aprender um pouco sobre desenvolvimento fetal ou receber acompanhamento psicológico, foram impostas. O bom mesmo é mandar dilacerar e aspirar logo a bagaça, se é que vocês entendem o que quero dizer.
Outro grande problema é a cobrança governamental feita em relação à estrutura e à qualidade das clínicas de fazer anjinhos. Uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de junho de 2016 (Whole Woman’s Health v Hellersted) exige dos aborteiros um padrão estrutural equivalente ao dos centros cirúrgicos ambulatoriais.[2] Isso impactou os lucros gerados pelo sangue fetal e fechou muitas clínicas. Pobres aborteiros, obrigados a manter padrões mínimos de boa qualidade. Mas não era esta justamente a desculpa de tantos para se legalizar o procedimento, a busca por uma qualidade maior na assistência?
E a cereja do bolo da angústia é a chegada de um novo magistrado para suceder a Antonin Scalia na suprema corte americana: Neil Gorsuch. Segundo as hostes horrorizadas de progressistas democratas e abortistas, o novo juiz carrega os maiores dos pecados do mundo: é conservador (ou republicano, depende da versão), foi indicado pelo terrível Donald Trump e é pró-vida.
Assim como ocorre no Brasil, os iluminados progressistas também afirmam categoricamente que dificultar ou proibir o acesso ao abortamento irá aumentar o número de abortamentos realizados. Isso mesmo. Proibir ou dificultar é estímulo. O melhor seria, pelo menos ao seguir esse raciocínio, destinar verbas e liberar geral. Entendeu? Hegel deve estar orgulhoso no além.
Para validar essa profecia aparentemente contraditória, utilizam dados fornecidos pelo braço pseudocientífico da Planned Parenthood, o Instituto Guttmacher.[3]
A profecia deriva do seguinte raciocínio: clínicas de aborto não somente matam fetos, também fornecem cuidados contraceptivos. Remova as bilionárias verbas progressistas destinadas à matança global de fetos e você logo terá milhões de mulheres sendo obrigadas a matarem seus filhos por falhas na anticoncepção.[4]
Apesar do aumento no número de abortamentos profetizado pelos arautos anti-Trump e ativistas pró-escolha, algo bem diferente acontece na realidade.
Dados fornecidos pelo próprio Instituto Guttmacher comprovam que o número de abortamentos caiu drasticamente, chegando ao menor índice desde 1974. Isto mesmo! O instituto de pesquisa que nasceu dentro da megaempresa aborteira Planned Parenthood, desesperadamente proselitista a favor do abortamento, revela que a profecia não vingou até o momento.[5]
A verdade seja dita: goste ou não do sujeito cor-de-abóbora e com cabelo esquisito que ocupa a Casa Branca, ele é responsável indireto por salvar milhares e milhares de vidas inocentes da próxima geração.
E antes que um daqueles abortistas aguerridos venha com punhos em riste profetizando a morte de bilhões... não, trilhões... não, mais ainda, infinitas jovens obrigadas a abortar com arames e cabides sujos no fundo do quintal de uma clínica ilegal, devo informar que mulheres que abortaram, mesmo que legalmente em estabelecimentos dentro das normas, estão expostas a maior risco de morte.[6]
Contudo, matar fetos ainda é bom negócio, e ainda faz parte da agenda iluminada e liberal que algumas pessoas maravilhosas tanto insistem em impor ao resto do mundo. Mundo este, em sua maioria, composto pelos atrasados e incapazes de enxergar a maravilhosa bondade que é sair por aí destruindo os filhos dos outros.

Hélio Angotti Neto
Colatina, 20 de julho de 2017.



[1] CLEAVER, Gavin. Access to abortion in the USA – the legal battle. The Lancet, vol. 389, June 17, 2017, p. 2361-2362.
[2] MALLAMPATI, Divya; SIMON, Melissa A.; JANIAK, Elizabeth. Evolving State-Based Contraceptive and Abortion Policies. JAMA, Volume 317, Number 24, June 27, 2017, p. 2481-2482.
[3] SCHWERDTLE, Patricia. Trump's Executive Order Will Cause More Abortions: NGOs that may be forced to reduce or close health services are often a woman's only source of reproductive health care. In: USNEWS.COM. Internet, https://www.usnews.com/news/best-countries/articles/2017-01-26/donald-trumps-executive-order-will-cause-more-abortions-not-fewer
[4] KUNTZMAN, Gersh. Trump’s anti-abortion executive order will not lower the number of women seeking to terminate — it will do the opposite. DAILY NEWS. Internet, http://www.nydailynews.com/news/politics/trump-anti-abortion-order-not-decrease-number-abortions-article-1.2954124
[5] ASSOCIATED PRESS. New report: Abortions in US drop to lowest level since 1974. Fox News Health. Internet, http://www.foxnews.com/health/2017/01/18/new-report-abortions-in-us-drop-to-lowest-level-since-1974.html ; MCCAMMON, Sarah. U.S. Abortion Rate Falls To Lowest Level Since Roe v. Wade. The Two Way – Breaking News from NPR. Internet, http://www.npr.org/sections/thetwo-way/2017/01/17/509734620/u-s-abortion-rate-falls-to-lowest-level-since-roe-v-wade
[6] Como pode ser observada em trabalhos como o publicado na Dinamarca e em diversos outros estudos. COLEMAN, Priscilla K.; REARDON, David C.; CALHOUN, Byron C. Reproductive history patterns and long-term mortality rates: a Danish, population-based record linkage study. European Journal of Public Health, Vol. 23, No. 4, 2012, p. 569–574; PROLIFE OB/GYNS – American Association of Pro-Life Obstetricians and Gynecologists. Induced Abortion and Maternal Mortality. Internet, http://aaplog.org/induced-abortion-and-maternal-mortality/