ABORTO EM BAIXA
Na
foto, o Dr. Dr. Anthony Levatino, ex-abortista. Internet, http://blog.comshalom.org/vidasemduvida/medico-ex-abortista-afirma-nada-neste-mundo-pode-me-fazer-voltar-a-realizar-um-aborto-entenda-por-que/
Os abortistas e aborteiros que
infectam os editoriais de periódicos famosos nos Estados Unidos estão indo à
loucura nesses primeiros meses do presidente cor-de-abóbora, o tal do Trump.
Esperneiam por aí e choram as
pitangas por causa das diversas clínicas de aborto fechadas graças à redução
das verbas federais que eram antes tão rechonchudas.
Segundo Gavin Cleaver, que subscreve
o artigo publicado recentemente no Lancet,
coisas terríveis aconteceram na terra do Tio Sam! A maioria das clínicas de aborto
no Texas (eram 42 ao total) fechou. No Kentucky, sobraram somente três médicos
em uma única clínica que ainda realiza procedimentos abortivos. Em Utah, onde
restaram duas clínicas das dez ou doze que existiam há poucos anos, uma mulher
que deseja abortar deve esperar 72 horas, a maior espera do país.[1]
A morte realmente não pode esperar...
Segundo Cleaver – um nome
extremamente sugestivo para alguém que defende o abortamento – as mulheres são
humilhadas perante as novas restrições ao procedimento. Coisas horríveis, como
obrigá-las a fazer uma ultrassonografia, escutar o coração de seus filhos,
aprender um pouco sobre desenvolvimento fetal ou receber acompanhamento
psicológico, foram impostas. O bom mesmo é mandar dilacerar e aspirar logo a
bagaça, se é que vocês entendem o que quero dizer.
Outro grande problema é a cobrança governamental
feita em relação à estrutura e à qualidade das clínicas de fazer anjinhos. Uma
decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos de junho de 2016 (Whole Woman’s Health v Hellersted) exige
dos aborteiros um padrão estrutural equivalente ao dos centros cirúrgicos
ambulatoriais.[2] Isso
impactou os lucros gerados pelo sangue fetal e fechou muitas clínicas. Pobres
aborteiros, obrigados a manter padrões mínimos de boa qualidade. Mas não era
esta justamente a desculpa de tantos para se legalizar o procedimento, a busca
por uma qualidade maior na assistência?
E a cereja do bolo da angústia é a chegada
de um novo magistrado para suceder a Antonin Scalia na suprema corte americana:
Neil Gorsuch. Segundo as hostes horrorizadas de progressistas democratas e
abortistas, o novo juiz carrega os maiores dos pecados do mundo: é conservador
(ou republicano, depende da versão), foi indicado pelo terrível Donald Trump e
é pró-vida.
Assim como ocorre no Brasil, os
iluminados progressistas também afirmam categoricamente que dificultar ou
proibir o acesso ao abortamento irá aumentar o número de abortamentos
realizados. Isso mesmo. Proibir ou dificultar é estímulo. O melhor seria, pelo
menos ao seguir esse raciocínio, destinar verbas e liberar geral. Entendeu? Hegel
deve estar orgulhoso no além.
Para validar essa profecia
aparentemente contraditória, utilizam dados fornecidos pelo braço
pseudocientífico da Planned Parenthood,
o Instituto Guttmacher.[3]
A profecia deriva do seguinte
raciocínio: clínicas de aborto não somente matam fetos, também fornecem
cuidados contraceptivos. Remova as bilionárias verbas progressistas destinadas
à matança global de fetos e você logo terá milhões de mulheres sendo obrigadas
a matarem seus filhos por falhas na anticoncepção.[4]
Apesar do aumento no número de
abortamentos profetizado pelos arautos anti-Trump e ativistas pró-escolha, algo
bem diferente acontece na realidade.
Dados fornecidos pelo próprio
Instituto Guttmacher comprovam que o
número de abortamentos caiu drasticamente, chegando ao menor índice desde 1974.
Isto mesmo! O instituto de pesquisa que nasceu dentro da megaempresa aborteira Planned Parenthood, desesperadamente
proselitista a favor do abortamento, revela que a profecia não vingou até o
momento.[5]
A verdade seja dita: goste ou não do sujeito
cor-de-abóbora e com cabelo esquisito que ocupa a Casa Branca, ele é responsável
indireto por salvar milhares e milhares de vidas inocentes da próxima geração.
E antes que um daqueles abortistas aguerridos
venha com punhos em riste profetizando a morte de bilhões... não, trilhões...
não, mais ainda, infinitas jovens obrigadas a abortar com arames e cabides
sujos no fundo do quintal de uma clínica ilegal, devo informar que mulheres que
abortaram, mesmo que legalmente em estabelecimentos dentro das normas, estão
expostas a maior risco de morte.[6]
Contudo, matar fetos ainda é bom
negócio, e ainda faz parte da agenda iluminada e liberal que algumas pessoas
maravilhosas tanto insistem em impor ao resto do mundo. Mundo este, em sua
maioria, composto pelos atrasados e incapazes de enxergar a maravilhosa bondade
que é sair por aí destruindo os filhos dos outros.
Hélio Angotti Neto
Colatina, 20 de julho de 2017.
[1]
CLEAVER, Gavin. Access to abortion in the USA – the legal battle. The Lancet, vol. 389, June 17, 2017, p.
2361-2362.
[2]
MALLAMPATI, Divya; SIMON, Melissa A.; JANIAK, Elizabeth. Evolving State-Based
Contraceptive and Abortion Policies. JAMA,
Volume 317, Number 24, June 27, 2017, p. 2481-2482.
[3]
SCHWERDTLE, Patricia. Trump's Executive Order Will Cause More Abortions: NGOs
that may be forced to reduce or close health services are often a woman's only
source of reproductive health care. In:
USNEWS.COM. Internet, https://www.usnews.com/news/best-countries/articles/2017-01-26/donald-trumps-executive-order-will-cause-more-abortions-not-fewer
[4]
KUNTZMAN, Gersh. Trump’s anti-abortion executive order will not lower the
number of women seeking to terminate — it will do the opposite. DAILY NEWS. Internet, http://www.nydailynews.com/news/politics/trump-anti-abortion-order-not-decrease-number-abortions-article-1.2954124
[5]
ASSOCIATED PRESS. New report: Abortions in US drop to lowest level since 1974. Fox News Health. Internet, http://www.foxnews.com/health/2017/01/18/new-report-abortions-in-us-drop-to-lowest-level-since-1974.html
; MCCAMMON, Sarah. U.S. Abortion Rate Falls To Lowest Level Since Roe v. Wade.
The Two Way – Breaking News from NPR. Internet,
http://www.npr.org/sections/thetwo-way/2017/01/17/509734620/u-s-abortion-rate-falls-to-lowest-level-since-roe-v-wade
[6] Como
pode ser observada em trabalhos como o publicado na Dinamarca e em diversos
outros estudos. COLEMAN, Priscilla K.; REARDON, David C.; CALHOUN, Byron C.
Reproductive history patterns and long-term mortality rates: a Danish,
population-based record linkage study. European
Journal of Public Health, Vol. 23, No. 4, 2012, p. 569–574; PROLIFE OB/GYNS
– American Association of Pro-Life Obstetricians and Gynecologists. Induced
Abortion and Maternal Mortality. Internet,
http://aaplog.org/induced-abortion-and-maternal-mortality/