sábado, 27 de junho de 2015

Hipócrates e a Relação Médico-Paciente nos Aforismas - Parte 1


Este é o primeiro artigo de uma série que trata das raízes do que é ser médico.

Da obra hipocrática e seus posteriores pouco se aproveita quando o assunto é técnica ou teoria das doenças. A Patologia e Terapêutica sofreram indiscutíveis e maravilhosos avanços, deixando obsoleto o antigo conhecimento intitulado científico (conhecimento e explicação teorética das causas). Mas há um rico manancial de outros ensinamentos.

O que ainda se aproveita é justamente o componente atemporal dos escritos hipocráticos, o que se mantém válido e, ousaria dizer, essencial aos nossos tempos. O legado ético prático dos antigos médicos.

A descrição e a prescrição das virtudes e comportamentos que um médico deveria possuir não foram exclusividade de Hipócrates, e por muitas vezes foram repetidas nos séculos posteriores. Mas olhar o passado buscando o bom exemplo repetido por eras de profissionais dedicados é fonte de inspiração para o médico de hoje, e pode apontar algumas soluções para alguns problemas e conflitos que enfrentamos, além de colocar certas afirmações na perspectiva adequada.

Em breve abordaremos trechos da obra hipocrática denominada Aforismas.


Prof. Dr. Hélio Angotti Neto
Coordenador do Seminário de Filosofia Aplicada à Medicina (http://www.medicinaefilosofia.blogspot.com.br/)
Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, da Academia Brasileira de Oftalmologia, da Associação Brasileira de Educação Médica, do Center for Bioethics and Human Dignity e do Comitê de Ética em Pesquisa do UNESC, onde atua também como Coordenador e Professor do Curso de Medicina.