Excerto do livro "A Tradição da Medicina", a ser lançado em breve.
Não se cobra heroísmo do próximo, assim como não se cobra que alguém seja médico. Só há validade moral no heroísmo se houver ato voluntário por trás do mesmo.
Não é de se estranhar que a Medicina seja malvista e mal falada quando os médicos fogem de atos heroicos e se acomodam a um estado burocrático de mediocridade.
Ou o médico transforma-se no senhorzinho satisfeito de Ortega y Gasset[1], ou arregaça as mangas e assume sua vocação de nobreza profissional. Ou nivela por baixo, ou busca excelência.
Hélio Angotti Neto