Origens Ideológicas de Crimes Antigos
A idéia mais perigosa do mundo é, como diria Margaret Somerville, a de que não há nada de especial em ser humano. Reduzidos a máquinas utilitárias devotadas ao prazer sensorial, nada resta de digno ou sagrado. Resta somente um monte de carne e o triunfo da vontade e do relativismo.
Tais idéias permitiram a esterilização forçada de centenas de milhares mundo afora e o genocídio friamente programado de milhões de "comedores inúteis". E tais idéias tantas vezes foram premiadas com prêmios internacionais ou reputadas como poderosas imagens do progresso científico da humanidade.
Nas palavras de Charles Darwin:
“Entre os selvagens, os fracos de corpo ou mente são logo eliminados; e os sobreviventes geralmente exibem um vigoroso estado de saúde. Nós, civilizados, por nosso lado, fazemos o melhor que podemos para deter o processo de eliminação: construímos asilos para os imbecis, os aleijados e os doentes; instituímos leis para proteger os pobres; e nossos médicos empenham o máximo da sua habilidade para salvar a vida de cada um até o último momento... Assim os membros fracos da sociedade civilizada propagam a sua espécie. Ninguém que tenha observado a criação de animais domésticos porá em dúvida que isso deve ser altamente prejudicial à raça humana. É surpreendente ver o quão rapidamente a falta de cuidados, ou os cuidados erroneamente conduzidos, levam à degenerescência de uma raça doméstica; mas, exceto no caso do próprio ser humano, ninguém jamais foi ignorante ao ponto de permitir que seus piores animais se reproduzissem.”
Saiba mais:
WIKER, Benjamim. Darwinismo Moral: Como nos tornamos hedonistas. São Paulo: Editora Paulus, 2011.
CARVALHO, Olavo de. Por que não sou fã de Charles Darwin. Diário do Comércio, 20 de fevereiro de 2009, Internet, http://olavodecarvalho.org/semana/090220dc.html