quarta-feira, 14 de junho de 2017

OFICINA DE FORMAÇÃO POLÍTICA E FILOSÓFICA NO NÚCLEO ACADÊMICO DO SIMERS

Oficina de formação Política e Filosófica para Médicos

Do site do NAS


O coordenador do curso de Medicina do Centro Universitário do Espírito Santo (Unesc), Hélio Angotti Neto, mergulhou em temas de primeira ordem, mas que o palestrante e a própria plateia concordaram que não estão na cátedra de formação médica. Neto reforçou a importância do conhecimento humanista, com foco em conteúdos de pensadores que estão na trilha médica desde os ícones gregos a autores mais contemporâneos. O coordenador da Unesc apontou o impacto desses conhecimentos para a relação médico paciente e para que os futuros profissionais percebam as nuances e interesses que estão na base de movimentos políticos e que têm pautado programas recentes como o Mais Médicos, do governo federal.
A dupla de estudantes Julia Butzke e Vitoria Trombino, que cursam o terceiro semestre na Universidade de Caxias do Sul (UCS), afirma que valeu muito a pena manter-se por três horas ininterruptas acompanhando a palestra de Neto. "Saio com o desafio de construir um lado diferente do médico que não temos na faculdade", diz Vitoria.
O presidente do NAS, Gustavo Pesenatto, ficou surpreso com a dedicação e interesse dos participantes que assistiram atentamente aos alertas do convidado e depois respondeu e ouviu colocações dos estudantes e integrantes da diretoria do SIMERS. "O desafio é construir um lado diferente do médico que não tem na faculdade, mais humano. Saio daqui preocupado com o tipo de médico que queremos ser. O professor fez a gente pensar um pouco mais sobre isto", conclui Pesenatto. O presidente do Núcleo admitiu que os estudantes lidam com as limitações do tempo devido à carga horária do curso. "Vimos aqui dicas de como começar a estudar filosofia e adquirir conhecimento", valoriza Pesenatto. 
Neto comentou que o encontro foi uma "oportunidade excelente" para falar sobre sociedade, filosofia, política e saúde. "Fiquei surpreso em ver uma turma jovem que quer pensar Medicina em um contexto muito maior do que normalmente se pensa nas escolas. Isso nos dá esperança para o futuro do País, que vive momentos tão difíceis", projetou o palestrante. Ele espera que a nova geração "tente enxergar as mesmas coisas e não repita os erros da minha geração".
Para o professor, os ingredientes básicos na formação incluem buscar a verdadeira cultura, ler clássicos e falar com as pessoas da comunidade. "Ter empatia. É preciso integrar a vocação técnica e científica com a humanista, que tem mais de dois mil anos. Fiz um convite aqui para assumir postura mais filosófica para ser um médico integral", definiu o professor.
O presidente do SIMERS destacou a oportunidade de trazer os estudantes e aproximá-los da realidade, da política que se vive no País. "Para entender o papel do médico na sociedade e o que estão fazendo da categoria médica ao trabalharem para diminuir o prestígio da classe. Analisar e interpretar é importante", ressaltou Argollo. Além disso, o presidente do SIMERS mostrou satisfação em ver os estudantes crescendo exponencialmente. "Cada vez mais os vejo envolvidos. Vamos ter um futuro melhor ao menos na participação dos médicos na mudança da sociedade", acredita Argollo.  
3 de junho de 2017