No entusiasmado debate do qual participei, alguns estratagemas erísticos se repetiram ad nauseam, entre eles:
1 - Argumentum ad Verecundiam - O trabalho X está publicado no periódico internacional Y... Quem disse foi a OMS...
2 - Argumentum ad Hominem - Meu lugar de fala... Você não é mulher e não pode falar sobre isso...
3 - Opções forçadas - Mas você quer prender 7 milhões de mulheres (???) ou legalizar o aborto?
4 - Rotulações odiosas - Mas o que vocês querem afinal? Voltar aos dias de repressão do patriarcado?
Para qualquer estudioso da Teoria da Argumentação, incluindo retórica e erística, está muito claro que tudo o que foi exposto acima é completamente irracional e inválido num debate sério, mas há que se compreender que não costumamos ter boa educação no Brasil.

Para aqueles que desejam compreender melhor como conversar (acredite, existe uma técnica para isso), recomendo começar o estudo pelo magnífico livro Como Vencer um Debate sem Precisar Ter Razão, escrito por Schopenhauer e comentado pelo Olavo de Carvalho
Outra obra imprescindível para conhecer melhor os argumentos acerca do aborto é o livro A Ética do Aborto, do Kaczor, escrito de forma a incluir argumentos de ambos os lados com muito respeito e extrema competência. Pode ser encontrado neste link.