"No despertar das atrocidades nazistas, ficou mais difícil vender a idéia da eutanásia no ocidente ao fim dos anos 40 e nos anos 50. Apesar disso, Joseph Fletcher, um dos fundadores da Bioética, que nascia como disciplina (e um dos membros da Sociedade de Eutanásia da América), desenvolveu novas justificativas para a eutanásia. Já que Fletcher era um sacerdote episcopal e ensinara por muitos anos em um seminário episcopal, alguns poderiam concluir que a bioética de Fletcher refletiria alguma perspectiva cristã. No entanto, tal concepção seria errônea. Em suas reflexões autobiográficas, Fletcher explicou que quando era jovem, ele tornou-se radical pela leitura de George Bernard Shaw, H. L. Mencken e outros intelectuais de esquerda e ceticistas. Aderiu ao sacerdócio episcopal não por causa da convicção das verdades cristãs, mas por causa da oportunidade de realizar seu ativismo social."
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Trecho do inquietante livro "The Death of Humanity", de Richard Weikart, sobre o nascimento da Bioética e sobre os elementos de desumanização presentes em diversas escolas do pensamento bioético contemporâneo.